GROTÓX...
GROTÓX...
A grotoxologia, pra quem num sabe,
é coisa grotesca.
E, purque não dizer,
do meu jeito de entendimento assim brutar,
nóis pode pensar que o grotóx
é uma espécie de botóx
quar apêndice metido forçado,
adoidado, no seio da natureza.
Esse apêndice é do tipo que jura
trazer beleza como nunca se viu
pro meio da mãe natureza,
pra deixar ela perfeita.
O pobrema é que, junto com a tar beleza
prantada no exterior e interior
do fruto produzido,
o grotóx também traz consigo
muita marvadeza
que alimenta, isso sim,
como nunca se viu,
a vil esperteza mercantil,
essa coisa mar falada que,
no entanto, acaba causando espanto,
porque deixa encrustada
muita coisa ruim
no seio de quem consumiu, de montão,
a produção que tem grotóx.
Portanto, essa é a importante lição:
o grotóx pode levar a vida
às raias da doença e da perdição...
O salário dessa marvada,
tenhamos ou não consciência,
é o grande mar que,
na forma de ação sorreteira,
num jeito de negócio mudo,
leva tudo à perdição:
perdição mostrada
nas paisage adoecidas
de homens, vegetais, águas, minerais e animais
que, por causa do grotóx,
podi todos perder
a maior preciosidade que têm,
ou seja, podi perder o bem da vida!
Então Deus me livre do grotóx,
essa coisa do “coisa ruim”
que eu não quero pra ninguém,
nem pra mim.
Aliais, o que eu mais queria mesmo
é que esse tar grotóx,
essa coisa pra lá de ruim
tivesse mesmo é fim...
(Luiz Carlos Flávio)