Criança de Rua
Dá dó ver uma criança de rua,
Que vagueia sem qualquer horizonte,
No sol, na chuva e sob a luz da lua,
Já qu'ela mora debaixo da ponte.
O crime e o vício permeiam sua vida,
Que corre célere, mas na incerteza,
Sem ganhos, sem sonhos e sem guarida,
Como das águas corre a correnteza.
Na face mostra um olhar perdido,
Este ser frágil e triste criança,
Que luta contra um sistema falido
E do futuro será uma esperança.
Dá dó quase nada poder fazer...
Mas o amor fraterno há de vencer...