SEM ABRIGO.

Vagueia só pela cidade,

Já nem se lembra da idade,

É um triste vagabundo,

Desprezado pelo mundo,

Que não encara a realidade.

Foi honesto trabalhador,

Hoje carrega a sua dor,

Pelas ruas abandonado,

Já sem forças, o desgraçado,

Pede, uma esmola por favor.

Passa a noite ao relento,

Apenas solta um lamento,

Por a morte não o levar,

Está farto de tanto penar,

A esmola, não dá para sustento.

Noutros tempos que lá vão,

Trabalhava, tinha patrão,

Até uma casa para morar,

Com as forças a acabar,

Vive na rua, apenas tem o chão.

Quando, a eterna noite chegar,

Em paz sua alma vai ficar,

Vagabundo que nunca quis ser,

Ninguém vai comparecer,

Para lágrimas, por ele derramar.

LuVito.