E SE...

E se as crenças fossem só discurso.

Balelas, palavras sem nexo.

E o sexo intenso, pretenso.

Se meu olhar fosse o da bactéria.

Soluta no plasma.

Ínfima, diminuta.

E ainda assim maligna, dissoluta.

Se visse o mundo de um grão de areia.

Micro, nano, sub.

Envolto num universo

Macro, super, mega.

Se tivesse portas sem saída.

Portos inseguros.

Quisesse aportar e morrer tentando.

Abraçado aos meus pesos.

Minhas meias-verdades.

E se o brilho fosse só TV.

Esmaecido ao vizinho.

Só lume, sem cerne.

E assim não é?