A feminista

Ela suja a parede da catedral.

Ela arranca os cartazes do mural.

Ela grita e tira a roupa.

Desenha no corpo o seu pedestal.

Arranha os ouvidos de quem não quer.

Escandaliza o fato por ser mulher.

Esconde a origem da questão

e diz que tudo é intriga da oposição.

Ela ignora a ideia de contradição:

Uma intolerante a exigir tolerância.

Direitos quer, sem cumprir dever.

Exige atitude e alto poder.

Esquece que a presidente é.

E mesmo assim diz que mulher

não tem vez onde ela quer.

Pede cotas e afirma

que homem é machista

do fio do cabelo

à ponta do pé.

Se você concorda,

mesmo sendo mulher,

pode até dar risada:

‘você é machista’.

E para ela,

‘merece ser estuprada’.

(Esse feminismo que vemos atualmente, mostrando corpos todos desenhados, neles escrito palavras de ordem, tais como: 'meu corpo, minhas regras', não é nem de longe, o feminismo que quer igualdade de direitos. Camille Paglia - feminista tradicional - também diz isso.)

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 01/11/2015
Código do texto: T5434750
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