NUVENS DE GUERRA.

Nuvens carregadas de quimeras,

Que toldam os horizontes,

Feitas de incertezas e esperas,

Transportam ódios de outras eras,

Atravessam vales e montes.

Sobre campos áridos inocentes,

Lançam chuvas e destruição,

Nuvens de águas prepotentes,

Neste mundo em conspiração.

São de tristeza estas chuvas,

Que ensopam a hipocrisia,

Seres medonhos de águas turvas,

Espreitam em todas as curvas,

De manhã, ao nascer de cada dia.

Paira o ódio nas alvoradas

Ao som do clarim de guerra,

Canções feitas de granadas,

Há conspiração em toda a terra.

Quando o sol da paz regressar,

Há terra, com seu esplendor,

A chuva de ódio irá parar,

As torrentes do rio vão levar

Para o mar o tormento e dor.

LuVito.