O poste

Que importa se implodiu a Calipso

E, qual a causa, quem comeu quem;

meu Brasil brasileiro tá em colapso,

esperamos tênue melhora, não vem...

Quiçá, seu Brasil ficando genuflexo,

Ante Aquele que a todo poder tem;

Cogitando que há algo além de sexo,

aprendendo, enfim, olhar mais além...

Sei, há a grana, a corrupção ideia fixa,

No fundo, um modo de sexo também;

Faz até com nossa paciência a prolixa,

empurra mentira, sem valer um vintém...

Unindo o ser e a palavra sem paradoxo,

não cambiando valor que a mesma tem;

respeitando mercado, guarda ortodoxo,

que oculta a sua senha se o ladrão vem...

Pode que aprenda usar correta sintaxe,

Não as meras falas, a verdade é o bem;

ajustando bandeirada ao horário do táxi,

ele pare de nos roubar, no ano que vem...

Como falta vergonha que corou o Nixon,

renúncia descarto, o impeachment vem?

De per si, poste lá colocado sente-se fixo,

Até, motivos contrários passando de cem...

Restam os brasileiros em indignado fluxo,

Dizer alto, bom som, que poder é de quem,

e que Congresso se veja forçado ao refluxo,

Senão, esqueçamos, o Papai Noel, não vem...