Esfarrapados daqueles nossos tempos

Ganância de riqueza, ódio à virtude,

cupidez ilimitada, desfaçatez total.

E os mendigos se cobriam, esfarrapados...

Por quanto tempo continuariam as elites

a vilipendiar toda lembrança viva?

E os mendigos se cobriam, esfarrapados...

Não havia maior escória do que aquela da

esplanada, planalto, congresso e tribunais.

E os mendigos se cobriam, esfarrapados...

Podiam tudo, faziam tudo, ganhavam tudo,

fábulas de dinheiro nas cortes de poder.

E os mendigos se cobriam, esfarrapados...

Tudo o que se podia, podia, o que não

se podia é deixar de poder, aí não podia.

E os mendigos se cobriam, esfarrapados.

Quem saberia medir a justeza no surgir

da indignação de todos e cada um?

E os mendigos se cobriam, esfarrapados.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 29/01/2016
Código do texto: T5527033
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.