Desigualmente desiguais

Desigualmente desiguais

Somos tomados constantemente por inquietações e insatisfações

Será “vontade de poder” ou “abertura ao transcendente”?

O fato é que temos uma fenda que corrói

O que fazer diante dessa realidade?

Fingir que seja apenas uma ilusão psico-espiritual?

Esconder-se nas crenças e nos ativismos?

Fugir para caminhos que ignorem essas exigências?

O que passa é que somos desigualmente desiguais

Ou seria que somos igualmente desiguais?

Temos a mesma dignidade ontológica?

E porque somos diferentemente indiferentes

Ou acaso seriamos indiferentemente diferentes?

Iguais e porém diversos, que quer dizer?

Essa ferida não é a ciência que determina, mas a própria vida!

Mesma paridade de oportunidades?

Desde quando democracia é sinônimo de verdade?

Mas se já a natureza é diversificada

Temos os mesmos valores?

Em que se fundamenta essa perspectiva?

Cada um é desigual aos outros e a si mesmo

Somos loucos buscando resinificar as próprias desavenças

As certezas pairam nas frivolidades, pois a verdade é deste mundo

Tudo está em constante movimento, porque nada permanece

Resiste apenas a esperança e a agonia de querer algo, quando temos apenas o nada!

Pejotaribeiro
Enviado por Pejotaribeiro em 17/03/2016
Código do texto: T5576235
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