FECHANDO GRADES

Odeio esse barulho de metal contra metal

Que não me lembra espadas em batalha,

Mas que tem o poder de uma mortalha

Que cobre as almas oprimidas,

Deprimidas,

Acuadas pela violência,

Pela inclemência das fúrias incontidas...

Odeio esse barulho de metal contra metal.

– O cidadão é como presidiário

Atrás das grades,

Encarcerado dentro de si mesmo,

Com a mente tentando voar, a esmo,

Por causa das terríveis crueldades

Que se vê no noticiário...

Odeio esse barulho de metal contra metal.

É sem dúvida o triunfo do mal.

Essas apreensões que nos consomem

– Dizer que “o homem é o maior lobo do homem” –,

E a liberdade é lançada na sarjeta...

Sinal dos tempos, como uma trombeta

Do Juízo Final...

05/07/2007

Mauren Guedes Müller
Enviado por Mauren Guedes Müller em 12/07/2007
Código do texto: T562305