SOBERBA

Não invejo o soberbo. Arrogante contumaz!

No terror de suas palavras, falsidade e mentira

Hão de ser em sua vida empecilho nos umbrais.

A torpeza de seus gestos é de si maior façanha;

Pois se diz injustiçado e se chora tão fingido.

Não verá senão a queda de sua alma tão tacanha

E do raso e do pejo beberá o fel insípido.

A altivez de sua empáfia é coroa reluzente,

Que ofusca a verdade e abate o desvalido.

Mas sua luz é só lampejo furioso, inclemente

E num sopro acabará sem que tenha percebido.

(EDUARDO MARQUES 26/02/2013)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 13/07/2016
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