AUDISMO FRIO
O frio me congela,
Me cala. Me cega e reprime.
Depois vem com calma e se exime.
Eu volto no frio e sem palavra.
Vem alto, vem grande imponente.
Vem o verbo, a regência e o sonho.
Debulhando meus gestos,
Ignorando meus sinais,
Eles são mais
E sempre.
Minha voz então ressoa, faz vento!
Ergo os braços, faço chuva,
Abro os olhos,
Apareço.
Sou agora sol,
E com as minhas mãos
Agora me aqueço!
30/05/2016 - Em: Revista diálogos: linguagens em movimento. Caderno Primeira Impressão. V.4 , N.1. , 2016.