AUDISMO FRIO

O frio me congela,

Me cala. Me cega e reprime.

Depois vem com calma e se exime.

Eu volto no frio e sem palavra.

Vem alto, vem grande imponente.

Vem o verbo, a regência e o sonho.

Debulhando meus gestos,

Ignorando meus sinais,

Eles são mais

E sempre.

Minha voz então ressoa, faz vento!

Ergo os braços, faço chuva,

Abro os olhos,

Apareço.

Sou agora sol,

E com as minhas mãos

Agora me aqueço!

30/05/2016 - Em: Revista diálogos: linguagens em movimento. Caderno Primeira Impressão. V.4 , N.1. , 2016.

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 26/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
Código do texto: T5709628
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