Prisões

O amor perdeu-se nos vãos humanos...

Só se vê solidão e egoísmo.

E o egoísmo é um imenso quartinho,

Onde ninguém se encontra;

Nem se enxerga mais...

O homem prendeu o amor

Numa jaula fria.

Só escuta a indiferença, a guerra e o orgulho.

Só a tristeza gargalha em suas mãos desiguais.

Nos lábios profanos não existem cuidados

Apenas palavras sem luz e respeito.

O homem perdeu-se ao se achar no direito

De ferir o outro...

Prenderam o amor na cruz,

E hoje já não se compadecem,

Simplesmente esquecem... E basta.

O homem perdeu-se nos próprios instintos

Ciúme e soberba.

Chora e ri sozinho...

Desfaz-se dos outros,

E morre na alma alheia...

Nas mãos não existem afagos,

Apenas as marcas da falta de paz.

O homem perdeu-se ao julgar-se capaz

De julgar os outros...

E quem ainda insiste, oásis vivente.

Crê na fonte que mata essa sede infinita,

Desta finita vida medíocre.

Chora sorrindo, ama sofrendo;

O amor ainda grita nos vãos existentes.

Victor Nogueira
Enviado por Victor Nogueira em 01/09/2016
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