Latifúndio
Late, late
fundo e alto
Late, late
Fundiário
Latifúndio frio
Latifundiário
Rugiu para o índio
Rugiu para o escravo
Ladra nossas vidas
Dos tempos passados
Rugiu nos engenhos
Devorou milhares
Pretos e florestas
Matas seculares
Índios e saguis
Missionária e Padres
Nos brancos capuchos
Deu falsa ilusão
Que Preto era Branco
Com algum tostão
Mestiço sem terra
Foi pra escravidão
A cor do café
Não lhe confundiu
O preto do branco
No rico Brasil
Apenas com leite
Ele foi gentil
E foi amansado
Pelo empresário
Virou cão de guarda
Late fundiário
Parou de rugir
Late no plenário
Mas é traiçoeiro
No bando e folia
Sangrador de ovelhas
Da “bola” desvia
Pega a jugular
Eterna sangria.