A dor de todos

Da dor do mundo eu entendo

Não por senti-la na pele

Mas na pele do cidadão

Do irmão, do desabrigado

Do pobre que sofre calado

E míngua sua aflição

Sinto a dor da mãe, do pai, do professor

Se esforça pra explicar, vive a exemplificar

Mas nada faz calar

Os gritos perdidos na alma

Alma que cresceu pobre

De afeto e compreensão

Grito a dor do amor

Que se perdeu ou não soube dar

A dor dos fracos de vontade

Agora choram debalde

O vício que os tomou

Drogas, corrupção, medo, traição, desamor

São tantas as dores de todos

E cadê o lenço

Cadê tua mão estendida?

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 16/02/2017
Reeditado em 17/02/2017
Código do texto: T5914630
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