A Iniciante Dança

A Iniciante Dança

Esmagada a formiga ao som do tantã

alimentando as indecisões.

Robótica e prisioneira a vontade no fétido cheiro do morto gato na janela.

A harmonia ecoa as flautas,

sons e vozes aprisionadas em vós.

Ecos de alguém!

Os amores sangram desprovidos de leveza.

Crie criatura, mate caricatura.

Em ti mesmo no fundo do peito, apunhalas as atitudes estúpidas.

O canto do capital mostra o tédio do transeunte.

Há pela frente uma grande mudança,

Nem imaginas gado morno.

As borboletas se vão, sem mesmo ainda conhecê-las.

Normas, mercados, mercadorias...

O desbotado é você, ou já sabe da busca.

do homem-cobra perdido no pantanal.

No país profundo muitos vão como soldados.

Morrem sem nada saber, voltam rastejantes.

Bebem água como cachorro.

Meu amigo, sua lembrança é esquecida.

Hiroxima e Nagasaki existiram.

Agora amotinamos a terra inteira.

Dê um basta à crueldade.

Veja o absurdo a que pertences.

neuzaladeira

Neuza Ladeira
Enviado por Neuza Ladeira em 15/08/2007
Código do texto: T607805
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