* MALDITO RELÓGIO *

"...De sede,

Vive a Selva de Pedras.

Transeuntes moribundos.

Olhares vazios,

Perdidos,

Em janelas de ônibus lotados.

Reflexões que vagam,

Vindas de cabeças que pagam,

Por preços nem sempre cometidos.

E infinitos,

São os pensamentos itinerantes...

- Que contas tenho a pagar?

- O que tenho em casa para jantar?

- Será que alguém pensa em mim?

Enfim !!

- E essa chuva que não passa !

- Segunda-feira. Oh! Desgraça !

E tudo recomeça.

Às vezes de um jeito torto,

Insonso,

É sono que dá.

Bocas que abrem, sem beijar...

Expelindo no ar,

O cansaço

Representado no bocejar.

E tudo segue,

Vielas,

Calçadas,

Poças d' água,

Postes...

Pessoas que seguem rumos,

Porém, sem o norte,

Que contam apenas com a sorte,

De em casa,

Poderem chegar.

E é no descansar,

Relógio na cabeceira a despertar,

Que começa,

..........( De novo ),

O tudo,

Outra vez..."

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 20/09/2017
Reeditado em 20/09/2017
Código do texto: T6119987
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