E, assim, caminha a humanidade...

O meu “eu” ainda preserva

Bem lá no fundo do meu ser

Aquela menina ingênua e sonhadora

Que acredita ter em mãos

O poder de mudar o mundo

Semeando no coração do ser humano

O poder de amar ao próximo

Apenas com o toque mágico

De uma varinha de condão.

Mas, como é possível mudar

Velhas práticas já enraizadas

Passadas de geração em geração

Onde se perpetua a força do poder

Ferindo os princípios da ética

Usurpando direitos e deveres

De cidadãos que primam pela moralidade

E lutam pela igualdade social

Para que todos tenham os mesmos direitos?

E, assim, caminha a humanidade…

Enquanto alguns esbanjam uma vida de luxo

Saqueando os bens públicos

Ou escravizando a mão de obra operária

Outros não têm sequer um teto para se abrigar

E vivem mendigando pelas ruas das cidades

Um pedacinho de pão amanhecido

Ou uma moedinha dada por algum passante

Tocado pela triste cena presenciada.

Núbia Cavalcanti dos Santos
Enviado por Núbia Cavalcanti dos Santos em 16/11/2017
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