Aviltos

É mais um dia qualquer

Em meio à multidão

Um invisível em pé

É o que vê nessa escuridão

Dentro de si

Toda angústia e dor

De um ser esquecido

Sedento de amor

Como posso eu ignorar

O sofrimento do próximo ali

Que sem esperanças seque a ruir

Esperando só a morte chamar

Isso quando espera

Não a acelera

Buscando um alívio ilusório

Qualquer prazer provisório

Pelas avenidas jogado

Por todos ignorado

Por muitos julgado

Alguns amedrontados…

Quem é que sabe

Deles, a identidade

A história e sua veracidade

Se alguém deles, sente saudade

Será que há pra todos uma volta?

Um perdão por amor

Voltar a ser sonhador

Jogar fora a revolta…

Ter status de cidadão

Alguém que merece ser amado

Como humano, tratado

Ser visível na multidão

Renan Azevedo
Enviado por Renan Azevedo em 25/11/2017
Código do texto: T6181971
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