O Canto do Rouxinol

Sonambulamente...

adentro nesta madrugada,

embalado pela insônia;

ao som musical de

berros, gritos e ganidos;

estridentemente irritantes

diabolicamente metálicos;

som musical imoral que

estupra o silêncio,

que deturpa a arte,

que alija a cultura

de um povo carente

de educação.

Metaleiros e funkeiros

“do mundo inteiro:

uni-vos”

e

unidos

desligai vossos instrumentos

desrespeitosamente barulhentos.

Livrai-nos de presenciar

vossos bailes de insaneidades

bailes saudados por Sodoma e

invejados por Gomorra

onde o nojo e a estupidez

se enroscam e se entrelaçam

conseguindo neste atrito

em pleno salão da festa

gozos fenomenais, bestiais;

prazeres alucinatórios,

sob a batuta das drogas

drogas sintéticas ou não

lícitas ou ilícitas.

Oh! filhos da impureza social,

silenciai-vos e ouçam...

que o Rouxinol canta

não;

não é o canto do Rouxinol,

talvez o canto da sereia,

também não,

porque sereia não canta.

Ah! agora sim;

reconheço esta voz.

É o canto da minha amada;

que suplica a Deus em prol

destes desgarrados,

desgraçados e

desnorteados;

porque temos consciência que

Deus é a representação

do bem e de tudo

que dele provém.

Ataliba Campos Lima

19 a 29/03/07

Apoio Cultural www.jornalnovafronteira.com.br

Ataliba
Enviado por Ataliba em 27/08/2007
Reeditado em 24/11/2007
Código do texto: T626221