MIRTO E MARTA – CENAS DE UMA TRAGÉDIA

Marta e Mirto conheceram-se no Porto

Trocaram cartas,

Prometeu conforto,

Mesa farta,

Quando a polícia bateu à porta

Procurando o consorte,

Mirto, acusado de furto

Marta prostrou-se inerte,

Depois surtou

Correu para o quarto

Entrou em trabalho de parto

Marta namorara o Roberto,

Noivara o Alberto,

E prenhe, talvez, do Humberto

Ou de algum outro incerto

Que estivesse por perto

Quando a viatura fechou a porta

Marta quase perdeu o Norte

Mulher forte, não se fez de morta

Mirto lamentava a falta de sorte.

Breve estaria no semiaberto

A mãe de Marta estava certa

Quem nasce torto, nunca se conserta

Mirto praticou outro furto

A liberdade foi curta

Marta mudou de endereço,

Enfrenta os apertos, procura um recomeço

Não quer nem ver Mirto por perto

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 13/01/2020
Código do texto: T6840478
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.