CHOVE, CHUVA!

Chove, chuva benfazeja,

vem molhar o meu roçado!

Logo, à noite, vou à igreja

agradecer o ganhado.

Chove, chuva, devagar,

faz brotar meu arrozal!

Mais tarde, vou capinar

meu grande canavial.

Chove, chuva, sem parar!

Vem dar vida à hortaliça.

Que depois vou trabalhar,

eu não sei o que é preguiça.

Chove, chuva, pra valer.

Faz crescer o meu feijão.

que terei o maior prazer

de tirar o mato com a mão.

Chove, chuva companheira!

Vem dar viço ao nosso milho.

Traz também pra terra inteira

grande força e muito brilho.

Chove, chuva que dá vida,

não judia assim mais não.

Vem trazer água e comida

pra essa gente do sertão!

Gilka Vilela Rangel
Enviado por Gilka Vilela Rangel em 08/10/2007
Código do texto: T685749
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