Colapso

Um dia aparece pequena trinca

Da música, um “Acorde!” inicial

A inconsequência desconversa e brinca

Como se fissura fosse natural

Num estresse da garganta, um estalo clama

O terror querendo escancarar vestígios

Mas para os de sempre, apenas melodrama

Olhos vendados para todos os “cídios”

Eram vidas que tramavam esta rede

Nós, como nós que seguramos as pontas

“Hérnia miúda não prejudica a parede”

Para ignorantes, colapso não amedronta

Da natureza, lei e justiça tem sede

Votam dor, para extraí-los do faz de conta