Precisa-se que chova

Parece que vai chover,

Talvez chova aqui

Mas não chova lá,

Lá, onde realmente

A seca atormenta a gente

E os animais perecem.

Onde a água que corre

Não pode matar a sede

Pois são as lágrimas de quem cede

À falta da vida.

Povo sem pão, sem colheita

Não pode matar a fome.

O que alimenta esse povo,

Que sem o alívio para o corpo

Embriaga-se de indignação?

A culpa de toda essa dor

Está em seus próprios iguais

Semelhantes em matéria

Mas que os vêm como animais,

E pedaços das desigualdades

Das necessidades sociais!

Cristiane Dias Ferreira
Enviado por Cristiane Dias Ferreira em 10/10/2007
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