DESNOMINADOS

No conforto dos nossos lares

E sobrando alimento no fogão

Tudo é silêncio mundo a fora

Quando o outro sofre em solidão

Aconchegados em leitos quentes

Com travesseiros e lençóis macios

A indiferença quase sempre é vasta

Passam despercebidos os dias frios

E estes, que nas ruas padecem

Sub-existindo de forma escrota

Em meio a toda essa hipocrisia

Fugindo de uma chacina a outra

E dor que em seus corpos, grita!

Socorro! Eis-me aqui! Eu tenho fome

É a mesma, que lhes torna feras!

São a "sarjeta"! Quais seus nomes?

Todos esperam braços que acolham

Ações que os encaminhem ao bem

Alguns sofreram tanto na vida

Já outros, foram um dia, alguém.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 12/05/2020
Código do texto: T6944659
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.