Pequeno grande homem

Criança? Quem dera, deixou de ser a muito,

Hoje é mais um entre tantos no mundo,

Desde cedo teve que crescer, para não padecer,

Queria um lápiz na mão, mas lhe deram um facão.

Quem o dera ter brincado, ter sorrido,

No rosto, só se traduz à expressão do esforço,

Com as marcas no corpo, de um mundo cruel,

Talvez como o pai, tenha ido pela mesma trilha.

Mais um alienado, mais um pobre coitado,

Sem saber o que fazer, fazendo sem saber o que,

Explorado e castigado, simplesmente por nascer,

E aqueles que o castigam, não querem nem saber.

Tudo isso em busca do que?

Sem ter o que comer, ele busca sobreviver,

Do outro lado, porém, não há um principio honroso de se ver,

Somente uma ganância implacável de se abster.