Social escombro

Venham a cá minhas crianças

Deitem nos meus braços

Gelados, da desesperança

A inconseqüência real

Dessa falsa liberdade

Que sem mimos, tratos ou carinhos

Aos montes ficam nas cidades

Os frutos omissos da nação.

Que por não terem oportunidade

Hoje brincam, rolam e deitam pelo chão

Desta curiosa arquitetura

Que oferece seus cantinhos.

Ainda é cedo pra pensar?

Se é, entre todos os tipos de abandonos

Com nossas mulheres e crianças

Vamos passear!!!

Talvez quem sabe, nesse social escombro

Num segundo de vergonha

Possamos nos identificar.

Vicente Freire – 09/09/99