A ÁGUIA AMERICANA
Natal, 22 de maio de 2007.
As garras da águia rapinam o mundo inteiro
Em vôos secretos e em mergulhos certeiros.
Seu bico de faca esburaca coisas e gentes,
Seu olhar cego não enxerga civis inocentes.
A Águia beligerante é mais que uma fera,
É máquina mortífera, que insana, vocifera.
Num tempo de bruxa em que a maldade impera,
A cobiça esdrúxula se alimenta de gente na guerra,
O azul se encobre de vermelho pelo cobre velho,
Enquanto o mundo explode, a ONU é só tédio.
Mentira, farsa, dissimulação e a vil covardia
Em dias prosaicos de mentiras vagas, vadias.
A carnificina nas oficinas do Tio insano
Vai virar toneladas de grosso petróleo
E em bases de estratégico e torpe engano
Procede-se o roubo em forma de espólio.
É assim que se faz à maneira Americana
A liberdade converter-se em cela, em cana.
Poesia a sair no meu próximo livro: “Imarginário”