Cala a boca já morreu.

Tu que falas sozinho,

Perdido nos teus ecos

Surdo à sensatez e ao amor,

Te apegando às tuas certezas

Frias,

Requentadas, cobertas de bolor,

O bolor das verdades inventadas

Para tua sobrevivência

- carência de ti –

Tu que grita sem argumento,

Pense impor algum sofrimento,

Na alma que já partiu

Deixando o corpo que te ouve,

Impassível e assombrado

Tamanha a desfaçatez

Por te ver à loucura geral

Totalmente adaptado.

Ora me calo para tua rigidez

Para manter minha lucidez.

E minha liberdade duramente construída

Sobre os escombros das mentiras

E desenganos

De uma sociedade falida.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 20/06/2021
Código do texto: T7283305
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