Mães...
Como pode ser tão frágil e pequenina!?
Como ser tão mulher e menina!?
Pode tanta santidade em tua sina!?
E tão grande amor em poucas linhas!?
Pode tanta ternura e brandura!?
Tanta coragem em mar de fúria!?
Tanto olhar sério... mas doçura!?
Tão pequeno nome repleto de candura!?
Pode o céu cobrir-te qual manto
E a in-esperança olhar-te com espanto,
Ao ver que o teu rosto já chorou tanto
Que explode - vendo o choro – em mar de acalanto!?
Podes, mãe, seres maior que o nome!?
Criar um amor que nunca consome!?
Ser mãe de mulheres e, até, tantos homens!?
E fazer da vida e da lágrima o teu codinome!?
Só sendo, pois, Mãe, é que te vemos divina
Para quem não há texto, poesia ou rima
De quem se faz versos, mas nunca termina
Nem encerra o amor que é teu mais que sina...