Mundo Mundo, vasto Mundo.

Mundo Mundo, vasto Mundo

Se meu nome é Raimundo

Sou um Zé e mais ninguém

Não importa o quando dure

Ou que o Mundo se amadure

Duro é o peito de quem tem.

E daí?

Quem não tem está não tado

Esse tardo feito em peito

Peita a voz do som gritado.

Finjo a culpa e fingem junto

Esse povo esperançado

No esperanto passam Mundo

De reclamos bem sentado.

Culpo em quem? (É de alguém?)

Quem não dorme esperançado?

Ou fechado à sua vileza?

Quem não fica apaixonado,

por alguém ou por certeza?

Eu só sei que o Mundo expressa.

Um traçado o Mundo manda

E você aceita a massa,

eu também me carpedio

E lá fora o Mundo passa

E você fica parado

Como alguém apaixonado

Já comido pela traça.

Essa traça é o conformismo.