DO GRAMPO À GUERRA

A liberdade cobriu-se
Com uma manta amarela
E o povo, também amarelo,
Estacionava diante da tela

Tentando compreender o por quê
Do poder do tirano
De matar por engano (?)
As soberanias
Ao seu bel-prazer.

Em meu nome
E em nome de Deus?
Nosso aval,
Quem concedeu?

Talvez um povo néscio e sandeu
Que por instantes esqueceu
Que o poder é serviço,
Nem só seu nem meu.

O ditador dita a dor
E a dor dita, grita
Aos quatro cantos
Apavorada de espanto

Grampo, só de cabelo
Que enfeita a face da mãe-mulher
Bomba, só de chocolate
Que a tristeza da criança
Abate.
Não há sonho que a força bruta
Mate.