Um cão

UM CÃO

Certa vez,

Ia andando,quando vi.

Num canto rosnando,

Um cão rabugento!

Coçando e sacudindo suas pulgas,

Retorcendo-se sob o sol

Que esquentava seus cruciamentos.

Tinha uma aparência moribunda,

O estômago ressequido pela fome

E os pêlos que as chagas consome

Sua estrutura medonha.

Quando mim veio à tona

Um lampejjo de pensamento,

Uma visão ideológica utópica,

Não sei se lógica ou ilógica,

Mim invadiu a mente incógnita.

Quando, mim deparei de frente,

Não muito diferente,do cão rabugento,

Na calçada de cimento,uma forma indescente!

Tinha o corpo dismiliguido,o estômago encolhido

E os pêlos que lhe cobriam todo o corpo

Davam-lhe a aparência de bicho.

Se retorcia sob o sol que lhe esquentavam as feridas,

Coçava-se e balançava-se,

Para espantar os piolhos que lhe infestavam.

Catava migalhas de comidas que dividia com ratos e baratas.

Dormia nas calçadas,de qualquer estrada,

Nas ruas,de qualquer cidades,

Nas cidades,por onde se via.

Esta forma indigente mim chamou a atenção!

Se não fosse um homem,moribundo no chão!!

poeta plebe
Enviado por poeta plebe em 27/11/2007
Código do texto: T755099