A cidade
A cidade
A cidade de minhas saudades
Não é esta que vejo
Nas lembranças que o tempo
Não apaga, ficaram os arvoredos!
Os pássaros e roedores
Que nos finais de tarde
Enchia de alegria
E enfeitava a paisagem com suas cores!
As praças não são as mesmas
Os bosques já não existem
As cidades cada vez mais largas
E as paisagens cada vez mais tristes
Ah! Quantas saudades
Daquelas tardes manhosas
Das moças cautelosas
Das crianças bricanhonas
E suas mães furiosas
Que saudades! Tenho, daquele tempo!
De beber mel de engenho
De chupar cana-de -açúcar
E comer farinha de engenho
São lembranças que o tempo não apaga
Guardados no passado
Na gavetinha da memória
Só guardo uma tristeza
É saber que meus filhos (a futura geração)
Vivera no cinza do concreto
Sem conhecer o verde e o colorido da natureza.