A cidade

A cidade

A cidade de minhas saudades

Não é esta que vejo

Nas lembranças que o tempo

Não apaga, ficaram os arvoredos!

Os pássaros e roedores

Que nos finais de tarde

Enchia de alegria

E enfeitava a paisagem com suas cores!

As praças não são as mesmas

Os bosques já não existem

As cidades cada vez mais largas

E as paisagens cada vez mais tristes

Ah! Quantas saudades

Daquelas tardes manhosas

Das moças cautelosas

Das crianças bricanhonas

E suas mães furiosas

Que saudades! Tenho, daquele tempo!

De beber mel de engenho

De chupar cana-de -açúcar

E comer farinha de engenho

São lembranças que o tempo não apaga

Guardados no passado

Na gavetinha da memória

Só guardo uma tristeza

É saber que meus filhos (a futura geração)

Vivera no cinza do concreto

Sem conhecer o verde e o colorido da natureza.

poeta plebe
Enviado por poeta plebe em 01/12/2007
Reeditado em 15/12/2007
Código do texto: T760286