Magricela

aquela casa de papelão

era para aquela família

um lar escuro na razão

refúgio de chuva na via

o jornal cobria um ator

no frio que faz de noite

a mídia como cobertor

do ego preso ao açoite

gente perdida na praça

jamais é notícia na tela

uma vítima da mordaça

atrás da pele magricela

nesse castelo de papel

o clã se reunia de tarde

para comer o lixo cruel

que resta da sociedade

e mais uma página suja

utilizada como o lençol

do ser cativo do marajá

revela a geração ao sol

De

Marcondes Schifter

Poeta & Jornalista

MarcondeSchifter
Enviado por MarcondeSchifter em 28/08/2023
Código do texto: T7872530
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