Amando me ponho a mando

Tenho exposto, aqui, nesta vitrine,

Rimando, a quem queira ouvir:

Voz que não brada, canta ou trine,

Usa o silêncio como arma de punir!

Sou assim, mudo, um tanto cruel,

De boca fechada não armo a rinha,

Engulo calado e só, o destilado fel,

Preservando o amor da minha rainha!

Reclama, brada e às vezes espezinha,

Devaneia, hirta, flexível, triste e jocosa,

E deixa patente o amor a quem esposa!

Manda e desmanda na sala e na cozinha,

Levo assim a vida, apaixonado e a_mando,

Última palavra? É minha!: eu te amo, Emilinha!

Eloy Fonseca
Enviado por Eloy Fonseca em 06/01/2008
Código do texto: T805393
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