Sentimento Nordestino

Se é dia de chuva

E de chuva o céu se molha

Então eu olho a terra umedecida

Cheirando, cheiro de vida

Agora tépida e morna.

A atmosfera lavada

E as gotas de chuva descendo

Parece cortina alada

Pelas rajadas de vento...

Ouço essa música doce

Que soa no ar quando chove

Lembro os semblantes

Dos quase retirantes

Se enchendo de esperança

Quem dera fosse lá

Que esse som de alegria

Se ouvisse

Então não veria a nossa gente

De face enrugada e triste

Comendo o pó da estrada

Pra buscar em outras plagas

Terra boa pra semente

Ah! Se os filhos da terra

De povo pobre e nobre

Honrassem a sua gente

No planalto central

Haveria mais alegria

Menos dores

Porque para falta de chuva

O homem já inventou cura

Mas ainda não criou

O remédio que cura

Ausência de honra e desamor

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Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 22/01/2008
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