Da minha janela
Pessoas, idéias, jornais,
Paisagem, flores e fatos,
Ideais, dor, atos e sinais,
Em tudo, os vejo inexatos!
Cada qual vende seu peixe,
Brasa para a própria sardinha,
Quero um herói que me deixe,
Comer em paz minha farinha!
Aos domingos sou culpado,
Por não ir beijar a mãe-pia,
Deus-tribunal, eu condenado!
Esquerda, direita, só utopia,
Um santo, de qualquer rinha,
Que me livre desta ladainha!