O poeta do caos - Para Ataliba C. Lima
Sem luta, sem fuga.
Eis-me aqui.
Confisco do prazer.
Pseuda verdade do viver
Alegria utópica e fugaz
Sentimento latente e voraz
Descortinar de um horizonte efêmero
Em cuja existência da ênfase ao aceno
Como anseio maior da vida
Marcada mais que pelo o encontro
Pela despedida.
Agonizar lento e letal
De sonhos e instintos.
Rendição urgente ao destino
Inteligente e incapaz
De suplantar a dor e seus ais,
Tudo passa. Eis-me aqui, rendido
Vencido, vendo tudo passar
Sem luta, sem fuga.
Eis-me aqui
Alexandre Zélmane Rocha de Carvalho
28-01-08