O EMPREGO

Vendi o meu riso

Já não sei sorrir.

Por um emprego,

Vendi minha espontaneidade!

Preciso calar o que grita o meu ego.

Preciso deter-me

Naquilo que poderia escorregar.

Minhas palavras soltas prejudicam-me.

Só porque pergunto ingenuidades,

Só porque procuro no dia-a-dia,

No cotidiano a certeza para as minhas dúvidas.

Idiotice!

Vendi os meus passos,

Mas, o meu intimo ninguém compra, duvido!

O que vai dentro de mim, só eu sei.

Não adianta caluniar-me,

Olhar-me atravessado, pouco ligo...

Eu sou o que sou,

Não aquilo que vocês querem que eu seja.

Que todo mundo seja.

Não sou um robô

Sou humana com ímpetos,

Desejos e tendências natas.

Para o diabo a idiotice de vocês!

Não adianta nada serem contra mim!

Não adianta!

Vocês compram o meu trabalho,

E não a minha pessoa,

Minha individualidade, minha intimidade,

O meu eu, quem compra?

Meus sentimentos quem poderá comprá-los?

Dgraça
Enviado por Dgraça em 10/04/2008
Código do texto: T940441
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