À moda antiga

Quero ligar no meu tempo não consigo

Sou ainda à moda antiga... Lástima!

Ainda insisto na palavra amor...

É que, à moda antiga ainda sou.

Enterneço-me com coisas bobas

Não me ligo nestas coisas novas do meu tempo

Violência, ambição desmedida...

Ah... Ia me esquecendo...

Ainda sou à moda antiga!

Contento-me com as caretices da vida e

De um tempo que ficou...

Doce tempo inocente, preso em minha mente.

Ai... Sou ingênuo e indecente!

Ainda insisto na palavra amor!

É que à moda antiga ainda sou.

Sorrio sempre com o sorriso da criança

Não canso de ter esperança e,

Feito um tonto, espio a flor se deixar beijar

Pelo colibri travesso no meio do meu jardim

Ai de mim...

Ainda insisto na palavra amor

É queà à moda antiga ainda sou...

Que culpa tenho

Se a vaga quebra

Tão mansa na areia,

E molho os pés para sentir seu afago?

Que culpa tenho

Se o entardecer doura minhas tardes?

Se minhas mãos entrelaçam as mãos de minha amada?

E finjo não saber nada

Quando ela diz saber tudo de mim?

E há quem diga que eu sou romântico,

Por ser ingênuo esse meu canto

Bobagem... Eu só insisto na palavra amor.

Porque à moda antiga ainda sou.

Olympio Ramos

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 16/04/2008
Reeditado em 16/04/2010
Código do texto: T947919
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.