para o rico os enxovalhos
com nossa branca espera em filas brancas
os bancos enriquecem e nos tiram
a bela sensação capitalista
que passos é que anoitam meu sentir
quando o silêncio diz que a morte espreita
e logo freme o aroma dos punhais?
que prenda sem altura me distorce
a brancura ditosa do amor
e dela me faz nauta de sereias?
ah este meu além já destruído
ou este meu pensar olhando sempre
a social grandeza que assassina
como são pequeninos nossos reis
comendo os enxovalhos proletários
amando o quanto é feia a moça nua
- como o gemer das pedras incomoda
o homem das alturas mas que vive
empedrado no santo capital!