A MORTE

De todo seu corpo transborda pus,

Exala óleo diesel, é amarga e fria,

Transpira gotícula de várias feridas,

E é de antrax constituída.

Rege o mundo (hoje todo de ódio)

Já contaminado pela miséria e o caos.

Nele vivemos já condenados,

Mergulhados na soberba, em todo o mal!

Sempre caminha nas carnificinas,

Faz das batalhas lindas paisagens,

Onde flutua o aroma que ilumina

Seu rosto, seus pés de deusa assassina.

De todos os mistérios ocultos,

Ninguém consegue desvendar o seu,

E entre os milênios governa tudo...

Consegue por medo mais do que Deus!

Oh! Deus supremo e inflexível!

De onde tiraste tal máquina sinistra?

Das lacunas do inferno infinito,

Lá, onde Satã controla e habita?!

Quando vier imunda e suja,

Dentes sangrando em dor cirúrgica,

Em seu cavalo ao anoitecer,

Nosso corpo terá paralisação súbita!