Pobres versos d'Amor

Encantei-me com teu brilho

Na suave escuridão,

E ainda me maravilho

Dentro de meu coração,

Com a tua grã beleza

E a inefável doçura

Da tua delicadeza

Tão sublime, tão pura!

Quisera amar-vos e não posso,

Em meu peito que suspira;

Divino é o encanto vosso,

Maior que todos que eu vira!

Tu és fulgor, eu sou treva,

Ambos somos noites, onde

Em ti a lua se eleva,

Mas em mim ela se esconde!

És o sol da primavera

E eu, a neve do inverno...

Ah, quem me dera, quem me dera

Secar este pranto interno,

Que sempre teve por causa

O apoteótico Fogo

Que me consome sem pausa:

O Amor em que me afogo!

Sim, às vezes há desprazer

Num amor sem retornar...

Mas que seria viver

Sem poder amar e chorar?!

Renan Caíque
Enviado por Renan Caíque em 09/08/2014
Reeditado em 10/08/2014
Código do texto: T4916145
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