Solidão
Largado na correnteza dolorosa da solidão
no berço das almas mortas
sem um destino escrito para mim
esperando parar de sangrar meu coração
que fora perfurado por sua crueldade
no silêncio da noite gélida
febril de meus tormentos
desejaria acabar com esse meu sofrimento
as rosas já foram despejadas de meu jardim
e o cálice imaculado já esta vazio na sepultura
minhas lágrimas já não molham mais suas fantasias
quero agora que toque minhas mãos desnudas
e sinta como é viver no escuro e no vazio
longe da coroa sagrada que me iluminava
desejaria...
Parte 2
Como saber se serei escolhido,
se eu nem me encontrei ainda?
No céu celestial purpúreo
que encobre meus sonhos distantes
leva-me no horizonte até minha amante
ó lua que repousas no céu noturno
derramando sua nênia sobre minhas esperanças
contudo tem ainda um encalço
e que muito me entristece
debaixo o leito sagrado que me prende
me aprisionando na escura neblina da solidão.
Não sei quem sou e quero saber?
Ansiando as lágrimas da lua
que deleita-se sobre o céu obscuro
castigando seus filhos perdidos
que um dia o amor se rompeu
formando uma fenda de agonias e solidões
um amor que nem mesmo existiu
mas que permanece em mim
porque sinto queimar algo incompreensível
espero, espero pra nascer
das cinzas que sei que existem
ainda existem.
Dionisio Jovovichh 23/09/2007