Solidão

Largado na correnteza dolorosa da solidão

no berço das almas mortas

sem um destino escrito para mim

esperando parar de sangrar meu coração

que fora perfurado por sua crueldade

no silêncio da noite gélida

febril de meus tormentos

desejaria acabar com esse meu sofrimento

as rosas já foram despejadas de meu jardim

e o cálice imaculado já esta vazio na sepultura

minhas lágrimas já não molham mais suas fantasias

quero agora que toque minhas mãos desnudas

e sinta como é viver no escuro e no vazio

longe da coroa sagrada que me iluminava

desejaria...

Parte 2

Como saber se serei escolhido,

se eu nem me encontrei ainda?

No céu celestial purpúreo

que encobre meus sonhos distantes

leva-me no horizonte até minha amante

ó lua que repousas no céu noturno

derramando sua nênia sobre minhas esperanças

contudo tem ainda um encalço

e que muito me entristece

debaixo o leito sagrado que me prende

me aprisionando na escura neblina da solidão.

Não sei quem sou e quero saber?

Ansiando as lágrimas da lua

que deleita-se sobre o céu obscuro

castigando seus filhos perdidos

que um dia o amor se rompeu

formando uma fenda de agonias e solidões

um amor que nem mesmo existiu

mas que permanece em mim

porque sinto queimar algo incompreensível

espero, espero pra nascer

das cinzas que sei que existem

ainda existem.

Dionisio Jovovichh 23/09/2007

Dean jovovichh
Enviado por Dean jovovichh em 26/11/2014
Reeditado em 18/01/2015
Código do texto: T5049774
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