Rosa Negra
Um sopro congelante soa lentamente
murmúrios desconhecidos
flores de um coração fulgente
bate em direção do amor perdido.
E uma sombra tímida preenche
a falta de luz da lua dormente
se esconde entre as fendas secretas
na noite que mais uma vez se completa.
Uma pétala negra se esvoaça
e em meu peito se estilhaça
deixando a marca da maldade
que se embora foi e deixou saudade.
Recordo agora de um dia tê-la plantado
nos jardins oculto do passado
agora ela traz o silencio dos mortos
que em mágoas revive os corpos.
E a sombra que vagueia na escuridão
toma minha alma e o meu coração
e a rosa negra brotará na imensidão
trazendo mais uma vez sua maldição.
Rosas negras de um amor envenenado
pelo espinho do pecado
no leito de dor
um amor se abrochou.
Uma alma errante
num sepulcro constante
que em versos lacrimejantes
descreve outra rosa cintilante.
Dionisio Jovovichh 03/07/2007