''O Ébrio''

O ÉBRIO

Eis que todas as madrugadas

Surge um homem em efusão

Embriagado de prazeres

E corpos

Estes que com o seu punhal

Castrou-lhe as vidas

A fim de conhecê-las

Inteiramente

Sorri por entre os lábios

Soltando gritos no escuro

A soturna taverna o abriga

Da imundície afável

Os braços e pernas

E corpos

Jogados em estilhaços de vidro

Ensangüentados com piedade

A memória retardada

Inescrupulosa

Doentia

Que fere a carne

Até arrancar-lhe os ossos

By Morphine Epiphany

(Cristiane V. de Farias)

Morphine Epiphany
Enviado por Morphine Epiphany em 05/02/2015
Reeditado em 17/05/2015
Código do texto: T5126250
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