tempo

Tempo! Sombra constante em movimento, tão rápida quanto às neblinas.
Ainda não entendo seus segredos, ainda não entendo sua pressa.
Não aceito suas mudanças, reclamo o que me toma a força.
Quando finalmente será meu último dia?
Então não espero o fim, mesmo sabendo que vou ao seu encontro ligeiro.
Mas agora interrogações não vão adiantar.
Pois tudo é segredo do tempo que me obriga esperar.
Sim, só me resta mesmo esperar, esperar aos poucos as despedidas.
Estão mortos meus amigos, os que sobreviveram não sabem onde estou.
Ate minhas lembranças enfraqueceram, minhas forças se foram, já não escrevo como antes.
Diga-me onde errei? Nunca ofendi o tempo, ate acreditei nas suas idéias.
Mas agora perguntas não vão adiantar, não terei tempo para respostas.
Ainda me resta tempo? Vou aproveitar para escrever os mais lindos versos.
Mas será que alguém vai ler.
Bom, perguntas não vão adiantar, não vejo ninguém pra responder.