DAS COISAS SOMBRIAS

"Não é o vento que sopra

Nem o frio que se faz

Não é o calor de outrora

Nem o fim que se jaz.

Não foi a sombra que passou

Nem o rapaz que tanto pediu

Não foi o que ele falou

Nem o motivo pelo qual sorriu.

Não foi o medo até então

Nem a sede que atacou

Não tive raiva ou razão

Nem fui eu que a cortou

Não foi culpa dele ou minha

Nem do espesso sangue que jorrou

Era apenas minha outra face

Que finalmente despertou."