Admirável Necessidade Humana

A admirável necessidade de esperar

Inspirando a própria realidade, o ser

Sendo uma mera decisão de respirar

Ou só a alternativa por ser o não ser?

No mundo solene conspira a solidão

Insípida, na certeza das paredes do ar

Na circunspecção da solícita retidão

Aguardando a ira desmedida do mar.

Francamente, não há lágrima morta

São portas sinceras para o sentimento

Momentos perdidos: a dor que corta

Até ficarmos dormentes no fragmento.

Somos o que somos: pilha de retalhos

Lacerações de tempos ermos, torcidos

Na opressão em encontrar os atalhos

E encontrar a calma longe dos alaridos.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 03/05/2016
Código do texto: T5623546
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